Sunday, January 07, 2007

.:: Monstro do Lago Ness ::.

Historiógrafos consideram como primeiro relato sobre o Monstro do Lago Ness ( o "Nessie" ) um documento de 565 d.C. sobre a morte de um homem que nadava no Rio Ness, Escócia ( que, do norte do lago, vai desembocar no mar ) em circunstâncias bizarras, "atacado por um monstro !". Segundo a mais famosa aparição em terra, descrita pelos Sr. e Sra. F.T.G. Spider, em 22 de julho de 1933, o animal teria entre 7 e 9 m de comprimento, cor cinza-escuro, corpo robusto, pescoço e cauda compridos, cabeça parecida com a de uma cobra com olhos grandes e ovalados. A mais divulgada das fotografias, feita por R.K. Wilson, em 1934, acabou sendo uma fraude confessa publicamente em 1994, no entanto, os periódicos relatos de Nessie mantém viva sua fama e abrem um leque de especulações sobre sua existência.

Teorias
Quase todos os relatos de aparições do monstro descrevem-no à semelhança de um Plesiosaurus, um animal parente dos dinossauros extinto desde o Mesozóico. Os plessiossauros eram répteis aquáticos de grandes dimensões, com um pescoço grande em relação à cabeça, que se deslocavam com a ajuda de enormes membros em forma de barbatana. A semelhança com um animal extinto levou alguns criptozoólogos a defender que o monstro de Loch Ness é um plessiossauro que, de alguma forma, sobreviveu à extinção da sua espécie no fim do Cretácio. Os cépticos argumentam com a impossibilidade de um único indivíduo sobreviver 63 milhões de anos e que esta hipótese implica a existência não de um monstro, mas de uma pequena comunidade. As características limnológicas do Loch Ness não parecem suportar a vida nem de um pequeno número destes enormes animais.
Outras explicações para os avistamentos sugerem que as testemunhas tenham confundido o monstro com os esturjões que abundam no lago e que, graças à sua estranha aparência, possam ter causado confusão. Há ainda quem relacione os avistamentos com libertação de gases da falha tectónica que modela o lago, que podem chegar à superfície sobre a forma de bolhas.
Em Julho de 2003, uma equipe da BBC realizou uma investigação exaustiva na zona, com o fim de determinar de vez a existência ou não do monstro. O lago foi percorrido de uma ponta à outra por mergulhadores e cerca de 600 sonares sem qualquer resultado. A BBC concluiu que o monstro não existe mas nem isto desalentou os defensores de Nessie.
Grande parte da dificuldade em encontrar ou provar a ausência da criatura é devida à peculiaridade geológica do próprio lago. Ele tem forma estreia, profunda e alongada, com cerca de 37 quilómetros de comprimento, 1,6 quilómetros de largura e uma profundidade máxima de 226 metros. A visibilidade da água é extremamente reduzida devido ao teor de turfa dos solos circundantes, que é trazida para o lago através das redes de drenagem. Pensa-se que o lago Ness tenha sido modelado pelos glaciares (Brasil: geleira) da última era glacial. Além disso, a visibilidade na superfície costuma ser ruim, o que explica a má qualidade das fotos e a suspeita de que os avistamentos sejam apenas pareidolia. Na Escócia, a média dos últimos 30 anos é de apenas 48 dias de sol por ano.

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