Saturday, January 20, 2007

.:: Felix Moncla ::.

O canal que liga os lagos Superiores com os Grandes Lagos e escoa até Soo Locks é uma divisão de dois paises: de um lado está os Estados Unidos e do outro lado o Canadá. Esta área é considerada sensível para a segurança nacional de ambos os paises. Sendo assim, é uma área restrita para tráfego aéreo e, sob tal condição, é constantemente monitorada pelo Comando Aéreo da Defesa de ambos os países. O que não impediu que esta localidade fosse palco para um incidente ufológico.
Na noite de 23 de novembro de 1953, o radar de Terra do Comando da Base Aérea americana de Truax detectou um sinal não identificado sobre Soo Locks. Imediatamente foi acionado um "alerta" que colocaria toda a base preparada para possíveis manobras de defesa dos Estados Unidos. O Alto Comando das Forças Armadas norte-americanas foi imediatamente informado sobre a presença de um sinal intruso nas telas dos radares.
Num primeiro momento, buscou-se identificar a nave desconhecida com o lançamento de um caça F-86 (foto abaixo), que decolou do campo Kinross. O caça era pilotado pelo Primeiro Tenente Felix Moncla Jr. e pelo Segundo Tenente R. Wilson e tinha o objetivo de realizar o reconhecimento visual do intruso, assim com a sua possível interceptação. O que se seguiu fez com que o pesadelo vivenciado à alguns anos atrás e que culminou com a morte do piloto e herói da Segunda Grande Guerra Thomas Mantell fosse relembrado por todo o contingente da Força Aérea norte-americana.
Enquanto o avião de Moncla ia velozmente na direção do UFO, o radar de terra acompanhava atentamente a interceptação. Apesar da rápida aproximação na aeronave desconhecida pelo caça pilotado pelo tenente Felix Moncla, o co-piloto tenente Wilson não conseguia detectar o objeto no radar de bordo. Informando ao comando da base sobre a impossibilidade de determinar o intruso no radar do avião, o co-piloto tenente Wilson pediu que a base informasse a localização precisa do UFO para auxilia-los na operação de interceptação. O que foram prontamente atendidos e assim, continuaram obstinadamente a perseguição ao intruso aéreo.
O UFO estava completamente parado. No entanto, com a aproximação do caça, acelerou na direção dos Lagos Superiores. Moncla não hesitou e começou a persegui-lo atingindo uma velocidade superior a 500mph. Por cerca de nove minutos a perseguição continuou com o piloto tenente Moncla se aproximando cada vez mais do UFO. E isso fez com que finalmente o co-piloto Wilson conseguisse fixar o objeto no seu radar. E a caçada continuou até o jato ficar tão próximo do objeto que o tenente Moncla passou a desenvolver manobras de interceptação sobre o mesmo. Ninguém tem certeza do que aconteceu realmente depois...
Os dois "blips" nas telas dos radares pareciam ter se juntado e, a princípio, ninguém se alarmou. Eles não tinham um radar que medisse a altitude e pensaram que o avião estivesse embaixo ou acima do UFO. Porém, para desespero de todos envolvidos naquela operação em terra, os dois "blips" da tela do radar não se separaram com o passar do tempo. Eles ficaram juntos, por um momento, depois um sinal se apagou nas telas. O único sinal que restou nos radares acelerou e logo deixou de ser captado. Foram diversas tentativas desesperadas de contato com o avião de Moncla pelo rádio, no entanto foi tudo em vão. Parecia que eles não tinham sobrevivido à colisão, se foi isso de fato o que aconteceu.
A unidade de Busca e Resgate foi acionada. Eles procuraram no último ponto em que o avião foi detectado: a cerca de setenta milhas de Keweenaw Point, em Michigan (EUA). Todos acreditavam que iriam achar Moncla e Wilson, pois eles tinham equipamentos suficientes para sobrevivência se caso tivessem caído sobre o lago. Depois de uma noite inteira de buscas ostensivas por terra e água, estranhamente nenhum traço ou destroços do avião caça foi encontrado; assim como os seus dois tripulantes. As buscas continuaram nos dias posteriores, mas as esperanças de encontrá-los vivos já haviam diminuído bastante.
A Força Aérea norte-americana tentou explicar o fato alegando que o tenente Moncla e o tenente Wilson haviam perseguido um DC-3 canadense e, ao perceberem, teriam dado meia-volta e, quando estavam retornando para a base, tiveram algum problema que fez com que o caça caísse. Versão inaceitável, pois os tenentes não se comunicaram com a base informando sobre qualquer problema. E o que é mais estranho: se o caça caiu, porque não foi encontrado qualquer vestígio? Para piorar a situação, o governo do Canadá negou com bastante veemência que tivesse qualquer avião naquela área justamente naquela data. O fato é que o avião de Felix Moncla havia desaparecido em pleno vôo e sem deixar quaisquer vestígios.
Numa nova tentativa de explicar o desaparecimento do caça e dos tenentes Moncla e Wilson, o porta-voz da Força Aérea norte-americana apresentou vários relatórios médicos que diziam que o Primeiro Tenente Felix Moncla era suscetível a tonturas. Assim, Moncla deve ter se sentido mal durante o vôo e acabou causando o acidente. Se o Primeiro Tenente Felix Moncla tivesse passado mal, seguramente ele teria passado o controle do caça a jato para o Segundo Tenente R. Wilson. Ou seja: segunda versão é tão inaceitável quanto a primeira.
A Força Aérea norte-americana finalmente alegou que o avião pudesse ter explodido devido à altura em que se encontrava, ignorando o detalhe de que absolutamente nenhum destroço foi encontrado na água ou na Terra. A grande verdade é que ninguém, dentro ou fora da Força Aérea norte-americana, sabe ou veio a saber posteriormente o que realmente aconteceu. O caça com os dois tripulantes simplesmente desapareceu e até hoje não há solução para o misterioso incidente. No entanto, os oficiais que estavam presentes na sala de controle em terra, durante o incidente, deixaram bem claro suas opiniões: o que quer que seja que o tenente Moncla perseguiu naquela fatídica noite, causou o seu desaparecimento como também do tenente Wilson. O Comando das Forças Armadas norte-americanas declararam em nota oficial na imprensa que as opiniões daqueles oficiais não equivalem à posição oficial da Força Aérea, assim como tais declarações não condizem com as condutas dos cargos que eles ocupavam. Depois desse comunicado, nenhum dos oficiais aceitou dar mais declarações públicas.

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